O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender a indicação de um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro (PSL), ao cargo de embaixador nos Estados Unidos e disse que pretendia, sim, beneficiar o próprio filho.
“Pretendo beneficiar filho meu, sim. Se eu puder dar um filé mignon para o meu filho, eu dou, mas não tem nada a ver com o filé mignon essa história aí. É aprofundar o relacionamento com a maior potência do mundo”, alegou o mandatário, em sua tradicional transmissão ao vivo via Facebook, a qual faz toda quinta-feira à tarde. Bolsonaro já anunciou que está decidido a endossar a indicação de Eduardo.
A decisão, porém, tem dividido opiniões, pois o filho do presidente não tem formação na área nem experiência como diplomata. Além disso, a oposição aponta para um caso de nepotismo. “Você tem de ver o seguinte: é legal? É. Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende ao interesse público, qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de Estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio”, disse Bolsonaro, ontem, ao deixar o Palácio da Alvorada.
Para virar embaixador, Eduardo Bolsonaro precisaria ainda ser aprovado pelo Senado. Na Casa, os senadores se dividem quanto à ideia. Já nos Estados Unidos, o filho do presidente Donald Trump, Eric, negou que possa virar embaixador no Brasil, como um gesto de amizade entre os dois países e como o gabinete de Bolsonaro chegou a cogitar.
“Eric dirige as Organizações Trump e está comprometido com o negócio. O Brasil é um país incrível, mas isso [ser embaixador] não passa de um rumor”, esclareceu a porta-voz de Eric, Kimberly Benza, consultada pelo jornal “O Globo”. (ANSA)