O mês de novembro encerrou com a apresentação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Biguaçu, formada pelos vereadores Laudemir Clóvis Pastorello, Claudemir Aires e Manoel José de Andrade. A CPI investigou possíveis atos irregulares, supostamente atrelados à vereadora Salete Cardoso, no que diz respeito às investigações da “Operação Co-Incidência”. A ação, desencadeada em dezembro de 2020, pela Delegacia de Polícia da Comarca de Biguaçu com o apoio da DEIC, tem por objetivo apurar a existência de crimes contra a administração pública.
Conforme o relatório final da CPI, “conclui-se que a vereadora Salete Orlandina Cardoso infringiu o disposto no art. 102, inciso III, do Regimento Interno da Câmara Municipal de Biguaçu, isto é, procedeu de modo incompatível com a dignidade da Casa Legislativa, justificando-se a abertura de Processo de Cassação em seu desfavor”. O vereador Claudemir Aires (Chapecó) voutou contra o relatório.
PROCESSO DE CASSAÇÃO
Na sequência da aprovação do relatório da CPI, foi realizado o sorteio para formação de Comissão Processante de Cassação, que foi formada pelos vereadores Lucas Rosa Vieira (presidente), Rodrigo Cesar Ocker (relator) e Israel Gaspar (membro). A vereadora Salete registrou a existência de outra comissão com a mesma finalidade na Casa.
Conforme o documento apresentado pela comissão, a CPI investigou a possível (in)assiduidade da investigada enquanto servidora nas secretarias municipais de Cultura, Esporte, Turismo e Lazer, nos anos de 2019 e 2020; e na de Assistência Social, no ano de 2021. Também possível interferência em decisões na pasta da Secetul. O relatório completo pode ser solicitado na Secretaria da Casa.