O Informe Epidemiológico N°20/2016 da gripe, divulgado nesta quinta-feira, 4, pela diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Santa Catarina, aponta que foram confirmados 683 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza este ano em Santa Catarina. Desses, 672 foram pelo vírus influenza A (H1N1). Dois casos de influenza A estão aguardando subtipagem e nove foram confirmados pelo vírus Influenza B. As mortes por gripe chegaram a 93, sendo 91 pelo vírus influenza A (H1N1) e duas pelo influenza B.
Em relação ao boletim anterior, divulgado no último dia 21 de julho, foram 23 casos a mais de SRAG hospitalizados por influenza confirmados no Estado, além de seis óbitos registrados, um em cada um dos seguintes municípios: Araquari, Canelinha, Joinville, Tijucas, Tubarão e Xanxerê.
Os dados indicam que nesse ano ocorreu um comportamento atípico do vírus influenza com aumento do número de hospitalizações e casos graves por gripe entre os meses de março e maio. Nos anos anteriores, esse aumento ocorria entre maio e agosto.
De acordo com Eduardo Macário, diretor da Vigilância Epidemiológica, com a constatação de que o vírus influenza está circulando por todo o Estado, existe o risco de um aumento na ocorrência de casos graves e hospitalizações por gripe nas próximas semanas, já que Santa Caarina está passando por um período de baixas temperaturas.
“Por isso, continuamos reforçando o alerta para todos os serviços de saúde frente à conduta adequada a casos de gripe, bem como para que a população se proteja tomando atitudes positivas de prevenção, como a etiqueta da tosse e a lavagem das mãos, além de procurar os serviços de saúde caso apresente sintomas de gripe, preferencialmente nas primeiras 48 horas a partir do início dos sintomas”, destacou.
Prevenção nas escolas
Com as baixas temperaturas, o momento de volta às aulas exige cuidados redobrados para evitar transmissão da gripe e outras doenças respiratórias em ambientes escolares. Precauções como manter os ambientes arejados, evitar aglomerações e lavar as mãos com frequência devem ser reforçadas entre os alunos e professores.
“Além dos cuidados básicos de higiene, é importante adotar a etiqueta da tosse, protegendo a boca e o nariz com um lenço descartável ou com o antebraço ao tossir ou espirrar, evitando que gotículas com o vírus sejam espalhadas no ambiente”, orientou a gerente de Doenças Imunopreveníveis da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Viera da Silva.
Alunos e professores que apresentarem sintomas de gripe devem procurar um serviço de saúde para iniciar o tratamento adequado e só devem retornar à escola quando os sintomas desaparecerem, o que normalmente ocorre após o sétimo dia do início do tratamento. “Essa medida serve para evitar que o vírus da gripe se espalhe no ambiente escolar”, reforçou Vanessa.
Letícia Wilson / Patrícia Pozzo
Núcleo de Comunicação – Diretoria de Vigilância Epidemiológica