Devido ao aumento significativo de internações de pacientes confirmados para Covid-19 e de suspeitos de estarem com a doença, o Hospital Regional de Biguaçu suspendeu todos os atendimentos ambulatoriais de especialidades a partir desta segunda-feira (1), por um período de 20 dias. Os exames também deixaram de ser feitos na unidade, que está sobrecarregada na ala Covid – que tem leitos de enfermaria e de UTI.
O objetivo da suspensão, segundo o diretor Márcio Sottana, é “manter o atendimento seguro e adequado de todos os pacientes e profissionais”. A decisão foi tomada em conjunto com as coordenações médica e de enfermagem.
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Após o dia 20 de março, haverá a possibilidade de prorrogação da suspensão, caso a quantidade de pacientes com Covid ou suspeitos de terem o coronavírus continuar alta. A medida segue portaria da Secretaria de Estado de Saúde. “Agradecemos a compreensão e aproveitamos para reforçar as recomendações de prevenção e segurança, para que todos permaneçam bem”, diz nota da direção da unidade.
Referente ao Covid-19, o Hospital possui uma ala e uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para os casos graves e gravíssimos. Segundo a diretora clínica do hospital, Paola David, “desde o dia 17 estamos tendo uma procura bem maior do que podemos absorver, diversos hospitais estão solicitando vagas, já tivemos mais de 50 pedidos”.
Muitos pacientes da ala covid tiveram uma piora no quadro e também estão na fila por uma vaga na UTI, vários pacientes do hospital também estão precisando de intubação, mas não tem mais vagas. “Eu tenho preparado a minha equipe porque vamos viver dias muito difíceis, temos mais entradas do que saídas, e vamos ter que escolher sim, quem vem, quem fica, com base no quadro médico, idade, e, inclusive já estamos vivendo esse cenário” desabafa Paola.
A previsão é de piora considerável, já que, mesmo com alta médica ou óbito, existe uma fila de espera para os leitos que desocuparem. A médica do Hospital comenta também a sua preocupação referente a idade dos pacientes nessa fase atual: “O que eu tenho notado é que estão chegando pacientes mais jovens, na faixa dos 30/40 anos. A faixa etária mudou”, informa Paola. Ainda segundo ela, a maioria dos hospitais de Santa Catarina está assim – “tanto os particulares quanto os públicos estão na mesma situação que a nossa. Inclusive recebemos pacientes até de hospitais particulares devido a essa falta de leitos”, completa.
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