O Ministério Público Eleitoral obteve, em segundo grau, a confirmação da cassação do registro de candidatura de Lourival João, vereador reeleito em Araranguá (215 km ao Sul de Florianópolis). Lourival, também conhecido como Cabo Loro, foi condenado por pagar exames médicos de uma eleitora, presa em flagrante quando foi realizá-los. O fato configurou captação ilegal de sufrágio, popularmente conhecida como compra de voto.
Tudo começou com uma notícia de fato na Promotoria Eleitoral de Araranguá por parte de duas testemunhas que presenciaram o candidato a vereador pagando, no dia 24 de agosto, a quantia de R$ 360 em dinheiro a um laboratório privado para que esse realizasse exames médicos para a eleitora.
Diante a informação, na manhã de 26 de agosto a eleitora foi presa em flagrante pelo promotor eleitoral de Araranguá, Marcio Gai Veiga, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), quando realizava os exames pagos pelo candidato, no momento em que recebia a vantagem.
O promotor eleitoral ingressou, então, com a representação contra o vereador no Juízo da 1ª Zona Eleitoral de Araranguá, que menos de um mês após os fatos ilícitos proferiu a sentença determinando a cassação do registro de candidatura.
O vereador recorreu da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), ainda pôde concorrer e obteve os votos necessários para reeleger-se. Porém, em sessão realizada na quinta-feira, o TRE-SC negou o recurso por unanimidade e determinou o imediato reprocessamento do resultado das eleições proporcionais de Araranguá, computando-se os votos do candidato cassado para a legenda.
O candidato responde, ainda, à ação criminal, que também tem entre os réus a eleitora presa em flagrante. A ação criminal ainda não foi julgada pela Justiça Eleitoral, informa o MPSC.