As centrais sindicais brasileiras divulgaram nota, nesta sexta-feira (25), criticando a decisão do governo federal de convocar as forças nacionais de segurança para desbloquear as estradas paralisadas pela greve dos caminhoneiros. A ação “é querer apagar fogo com gasolina, ou seja, só acirra e dificulta uma solução equilibrada”, afirma o texto.
As centrais também se ofereceram para mediar a negociação sobre a greve, que se arrasta desde o início da semana e tem causado desabastecimento de combustível em várias cidades do país.
Na tarde de hoje, o alto comando do Exército está reunido para discutir as possibilidades de atuação na paralisação dos caminhoneiros. O presidente Temer anunciou a ação de forças federais para resolver a crise, mas uma eventual intervenção das Forças Armadas na segurança pública depende de decreto presidencial.
Na quinta-feira (24), os comandantes dos sete comandos militares de área do Exército se reuniram por videoconferência e foram colocados em “estado de alerta”.
“Vai correr sangue”
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou nesta sexta-feira (25) que o acordo firmado por outras entidades com o governo não conseguirá acabar com a paralisação e que “pode correr sangue”, a depender do emprego de força policial. “Pode parar [a paralisação] se vier uma força policial muito forte para cima. […] Ninguém vai conseguir tirar o caminhoneiro. Vai correr sangue nisso aí”, disse.
*Com informações da Folha de S.Paulo e Estadão