O vereador André Clementino da Silva (PMDB) apontou, durante o uso da tribuna da Câmara de Biguaçu, nesta segunda-feira à noite, que a falta de remédios nas unidades básicas de saúde do município foi ocasionada por falta de gestão da administração municipal. O parlamentar ressaltou que o problema se arrasta há pelo menos seis meses.
“Foi falta de planejamento. Já fizemos reuniões com o secretário de Saúde, houve requerimentos na Câmara pedindo informações e até agora o problema não foi solucionado. Dizem que terão remédios daqui a dez dias, 30 dias, o prazo estoura e nada. Diariamente recebemos cobranças da sociedade pedindo isso. Então, para um problema se arrastar por seis meses, creio ser por má gestão”, criticou o peemedebista, em entrevista ao Biguá News.
A Prefeitura de Biguaçu rompeu, recentemente, um contrato com o Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev) para este cuidar do abastecimento de remédios nos postos de saúde do município. O Isev não estaria cumprindo o contrato, apesar de estar recebendo dinheiro para isso. André ressaltou que o município não pode tentar repassar o problema para o instituto, eximindo-se de culpa.
“A questão se arrastrou desde o ano passado. Foi meio ano sem remédios nas unidades de saúde. Será que a culpa é só da Isev? Ou é da Prefeitura que não teve planejamento? Se eles [prefeito e secretário] já visualizavam que seria necessário romper o contrato, porque não fizeram lá atrás, para evitar o desabastecimento das farmácias municipais?”, indagou Clementino.
Secretário rebate
O secretário de Saúde, Ângelo Ramos Vieira, rebateu dizendo que a falta de remédios ocorria desde a gestão do ex-secretário Leandro, mas desde que ele assumiu o cargo buscou a solução para o desabastecimento. “Estou resolvendo problemas desde o primeiro dia, desde falta de veículos na Secretaria e até a ameaça de ficar sem médicos na UPA. E isso ainda em tempos de crise financeira, mas tudo foi solucionado. A falta de remédios está sendo eliminada com essa licitação que está em andamento”, argumentou.
Para o secretário, a aproximação do período eleitoral vai acirrar os debates e as críticas da oposição. “O PMDB sempre fez isso. Eles [peemedebistas] diziam que o hospital não iria sair e hoje está lá funcionando. Agora atacam com os remédios. Atacam vendo que vou eliminar o problema. Mas vão ficar sem palanque. Eu consigo resolver esses problemas, mas não posso acabar com a ciumeira”, disse Ângelo.