Vereadores de Biguaçu reuniram-se, na tarde de segunda-feira (4), com representantes da agência dos Correios no município. A reunião foi proposta pelo presidente da Câmara Municipal, Marconi Kirch (DEM), e teve como objetivo tratar do atraso nas entregas de correspondências na cidade, uma vez o grande número de reclamações de moradores feitas aos vereadores. Estiveram presentes a gerente do Centro de Distribuição de Biguaçu, Lana Mara Ribeiro; o gerente da agência de Correios de Biguaçu, Ademar Alves Coelho; e Rodrigo de Oliveira, supervisor dos carteiros.
Ao fazer o uso da palavra, Lana explicou que dois grandes problemas para o atraso na entrega é o déficit de funcionários, uma vez que os Correios não faz contratação de efetivo desde o ano de 2011; e ainda porque a distribuição de correspondências em Biguaçu tem uma particularidade em relação aos demais municípios, pois é constante, diferente do que ocorre em São José e Florianópolis, onde há períodos de baixa nas entregas. Além disso, as cartas registradas e Sedex também vêm aumentando significativamente, cerca de 50%.
“Também tivemos uma redução do efetivo com a abertura de PDI (Plano de Demissão Incentiva), o que gerou uma saída significativa de funcionários. No entanto, os Correios já sinalizou que não há perspectiva de contratação de cargos de ponta, atendente e carteiro principalmente”, explicou Lana. Na distribuição, a gerente apontou outra dificuldade particular em Biguaçu. “A numeração irregular dos logradouros dificulta o trabalho de carteiros temporários, que demoram mais do que o normal para achar os endereços”, disse, pedindo agilidade da Prefeitura de Biguaçu para padronizar as identificações de ruas.
Cães de rua põem em risco a segurança dos carteiros
Por sua vez, o gerente dos carteiros, Rodrigo de Oliveira, disse que outro problema grave no município é com relação a cachorros soltos em algumas ruas, que inclusive estão interditadas e sem entrega por conta desse agravante, pois põem em risco a segurança dos carteiros. “Já tivemos casos de carteiro que foi mordido, prejudicando a entrega de um bairro inteiro. Também na última reunião realizada na Câmara já foi apontado esse problema com as numerações dos logradouros, sendo que na ocasião foi comentado que haveria uma empresa que faria um projeto para fazer a renumeração das ruas”, disse Oliveira.
O vereador Elson João da Silva sugeriu que os Correios encaminhem solicitação à Famabi (Fundação do Meio Ambiente de Biguaçu) e ao Centro de Zoonoses, a fim de que esses órgãos possam monitorar a situação de cães de rua, com um trabalho de conscientização da população. Elson, apoioado pelo vereador Ricardo Mauri, lamentou a atual política de enxugamento adotada pelos Correios, impossibilitando que as agências possam prestar um melhor serviço à população. Elson ainda questionou a demora da Prefeitura em arrumar e padronizar a numeração das ruas, inclusive na comunidade de Três Riachos, e ainda a demora na entrega no loteamento Deltaville.
Vereadores e assessores tiram dúvidas
O vereador Ângelo Ramos Vieira prestou depoimento de que sofre com o problema. “Moro na Rua Campolino Paulino da Silveira, no bairro Fundos, e quando estive no Correios me informando o por que não chegava correspondência lá me informaram que era por conta de que no início a rua tinha uma denominação e depois outra. Então, fiz um projeto de Lei unificando a rua e ainda assim não chega carteiro”, disse o vereador. Rodrigo explicou que neste caso a extensão da rua deixou a numeração irregular, que precisa ser reajustada pela Prefeitura.
O vereador Ricardo Mauri questionou sobre o procedimento a se fazer quando identificada uma rua que não tem CEP. Lana explicou que a agência envia a Lei de criação de nomeação da rua, que é encaminhado ao setor responsável, em São José, para que seja atribuído o CEP. Por sua vez, o presidente Marconi Kirch questionou se o serviço de entrega estava sendo terceirizado. A gerente informou que a unidade de Biguaçu conta com 26 carteiros, responsáveis pela entrega de correspondências no município e também em mais oito cidades: Governador Celso Ramos, Antônio Carlos, Rancho Queimado, Angelina, São Bonifácio, São Pedro de Alcântara, São Amaro da Imperatriz, Anitápolis.
Charles Marcelino, assessor parlamentar do vereador Patê, questionou sobre os casos de extravios de cartas endereçadas para a localidade de Tijuquinhas, em que as correspondências ficam agrupadas na Unidade de Saúde para serem retiradas pelos moradores. O vereador Fernando Duarte questionou a possibilidade de transferência de funcionários de outros municípios para Biguaçu, uma vez que a demanda do município vem aumentando e as outras cidades tiveram diminuição. Lana explicou que a unidade aguarda ansiosamente por transferências. No entanto, reforçou a burocracia de uma empresa pública e informou que o sistema de transferência está fechado no momento.
Marivone Costa, chefe do gabinete da presidência da Casa, reclamou da demora na entrega de encomenda de compra via internet. Lana explicou que é necessário verificar caso a caso, mas o procedimento do entregador é o de passar três vezes no endereço e, em caso de não ser realizada a entrega, o produto volta para a agência para ser retirado pelo cliente. No caso de encomendas de volumes maiores, a responsabilidade de entrega é do Centro de Distribuição de Encomendas de São José, que também faz o mesmo procedimento.
O presidente encerrou a reunião deixando a Casa Legislativa à disposição dos Correios, e disse se preciso para fazer uma moção ou outro tipo de pedido para que o serviço em Biguaçu possa ser melhorado. Participou ainda da reunião a assessora do vereador Adriano Luiz Vicente, Manoela Luiz.
As informações são da Assessoria de Imprensa da Câmara.