Não deu para o Galinho. Interessado em concorrer no pleito para a presidência da Fifa, Zico tinha até as 21 horas (de Brasília) do dia 26 de outubro de 2015 para apresentar os apoios de cinco federações de futebol. Apenas duas foram reunidas pelo brasileiro, que não contou com o suporte da própria CBF.
As duas indicações conquistadas pelo ex-jogador foram dadas pelas federações de Angola e de São Tomé e Príncipe. Curiosamente, sua carreira nunca esteve ligada aos países apoiadores. Segundo o Galinho, a reviravolta no cenário europeu derrubou seus planos para a eleição, agendada para 26 de fevereiro de 2016. Aos 62 anos, o ídolo do Flamengo segue no comando técnico do Goa, da Índia.
“Não foi possível reunir as cinco cartas para oficializar a candidatura. Vinha conversando com várias pessoas e cerca de seis [federações] tinham me garantido apoio. Mas houve uma reviravolta na Uefa que não possibilita mudanças”, lamentou Zico à Rádio Globo, em referência às suspensões do atual presidente Joseph Blatter e do ex-favorito à sucessão, Michel Platini, que retirou sua própria candidatura.
O brasileiro vinha trabalhando com Ricardo Setyon, consultor sênior de relações internacionais e comunicação em sua campanha. O jornalista aproveitou para questionar o destino do apoio da CBF, que não assinou a carta de indicação ao único candidato do Brasil.
“No começo da campanha, o Zico fez questão de fazer a primeira visita à CBF”, lembrou Ricardo à ESPN Brasil, citando também a desistência da Inglaterra em apoiar Platini. “A gente não esperava que ela revisse seus conceitos e apoiasse o Zico. Mas a pergunta que faço é: já que eles não podem votar no candidato que gostariam, para quem irão esses votos, inclusive o da CBF?”, questionou o assessor.
Enquanto Platini tenta se livrar dos recentes escândalos, a Uefa anunciou o nome do secretário-geral Gianni Infantino como postulante à presidência da Fifa. Deste modo, a federação internacional deve contar com outros seis candidatos para o pleito em fevereiro: o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein; o ex-jogador David Nakhid, de Trinidad e Tobago; o francês Jerome Champagne; o sul-africano Tokyo Sexwade; o liberiano Musa Bility; e o presidente da AFC, Confederação Asiática de Futebol, Salman Bin Ebrahim Al Khalifa.
A informação é da Gazeta Esportiva.