O Brasil e a Argentina decidiram renegociar o acordo automotivo em vigor, mas não está previsto acordo de livre comércio no curto prazo. É o que indica comunicado conjunto dos países, divulgado após a reunião, em Buenos Aires, entre o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e os ministros da Produção e dos Transportes da Argentina, Francisco Cabrera e Guillermo Dietrich.
De acordo com o comunicado, os ministros concordaram em lançar um cronograma de negociações bilaterais para o setor automotivo com o objetivo de alcançar “a integração produtiva, a geração de emprego, a agregação de valor tecnológico e acesso a novos mercados”. O livre comércio no setor também é um objetivo, mas deve ser alcançado “progressivamente e em condições de equilíbrio”, diz a nota.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Monteiro propôs aos pares argentinos que o livre comércio substitua o atual sistema de cotas no setor automotivo. No entanto, o entendimento foi que, por enquanto, houvesse apenas a rediscussão do modelo vigente.
Também no encontro em Buenos Aires, os ministros dos dois países decidiram reativar a Comissão Bilateral de Comércio, destinada ao fortalecimento das relações comerciais. Ficou acertado que a comissão se reunirá pela primeira vez na segunda quinzena de março. O comunicado fala ainda da necessidade de dinamizar o funcionamento do Mercosul e da importância da troca de ofertas entre o bloco latino-americano e a União Europeia, além da busca por outros acordos extrarregionais.
No mesmo dia da viagem de Monteiro à Argentina, o ministro das Finanças do país vizinho, Alfonso Prat-Gay, visitou Brasília. Ele reuniu-se com os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Agência Brasil