Em reunião nesta quarta-feira, 27, em Brasília, na sede da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, representante do Governo do Acre confirmou que o fluxo migratório de haitianos e senegaleses para estados do Sul e Sudeste termina nesta sexta-feira, 29. Participaram do encontro representantes dos governos de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e do Acre. A informação é da assessoria.
“A falta de informações sobre a chegada dos imigrantes ao Estado dificultou a organização de ações de acolhimento e encaminhamentos. Atuamos para acolhemos em um primeiro momento e depois incluí-los produtivamente, capacitando-os de modo que encontrem trabalho, assim como os milhares de haitianos, senegaleses e ganeses que já vivem no Estado”, observa a secretária de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), Angela Albino, que representou o Governo de Santa Catarina no encontro.
De acordo com informações da Superintendência Regional, 2.259 haitianos emitiram carteira de trabalho no Estado apenas em 2015. Os que chegam agora podem ocupar alguma das 72 mil vagas de emprego disponíveis no portal Mais Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego.
Haiti
Em sua passagem por Brasília a secretária Angela Albino encontrou-se com o embaixador do Haiti, Madsen Chérrubin. Durante a conversa foi confirmada a vinda de um representante da embaixada para Santa Catarina nesta quinta-feira, 28, para acompanhar a chegada dos compatriotas. A possibilidade da instalação de um consulado do Haiti no sul do país com sede em Florianópolis também foi tema da reunião.
Desde o início desta semana imigrantes haitianos e senegaleses chegaram a Florianópolis. Mais três ônibus trazendo imigrantes do Acre devem chegar a Santa Catarina até sexta-feira, 29.
Desde a chegada, o grupo de senegaleses e haitianos que vieram do Acre foi acolhido pelas equipes das secretarias de Assistência Social municipal e estadual que montaram um abrigo no ginásio Saul Oliveira, no Bairro Capoeiras, área continental de Florianópolis. Além de tomarem as vacinas recomendadas pela Vigilância Epidemiológica do Estado, eles são cadastrados e encaminhados para seus destinos finais.