A 2ª Câmara Criminal confirmou sentença de pronúncia de comarca do Oeste que submeterá sete pessoas, acusadas de homicídio quíntuplo, a júri popular. O crime aconteceu em junho de 2016 e as investigações apontaram a vingança pela morte do tio de um dos agressores por uma das vítimas como motivo. Os sete acusados, cada um com uma função, somaram esforços para simular um assalto no bar onde estavam o suposto assassino do parente e outras quatro pessoas.
As vítimas foram imobilizadas com as mãos para trás e, diante da negativa do suspeito de que cometera o crime, os réus passaram a torturá-lo, levando-o a confessar o assassinato posteriormente. Com a declaração, os réus acabaram por alvejar com arma de fogo as cinco vítimas imobilizadas no chão do estabelecimento. Após o homicídio, os celulares foram roubados e os corpos colocados em um carro, no qual foi ateado fogo. Atualmente dois dos réus encontram-se foragidos.
O desembargador Sérgio Rizelo, relator do acórdão, destacou que as testemunhas, entre policiais e frequentadores do bar que estão protegidos pela Justiça, asseveraram que todos podem ter participado na consumação dos crimes. Quanto ao depoimento dos acusados, houve divergências.
“Diante desse quadro fático e sendo possível o envolvimento dos recorrentes nos fatos descritos na denúncia, a manutenção da pronúncia é medida de rigor, haja vista a existência de versões diferentes à formação do convencimento, acerca da participação dos agentes nos delitos pelos quais foram pronunciados.” (Recursos em Sentido Estrito n. 0000293-48.2017.8.24.0060 ,0000294-33.2017.8.24.0060, 0000298-70.2017.8.24.0060, 0000302-10.2017.8.24.0060 e 0000309-02.2017.8.24.0060).