Nos três primeiros meses de 2018, com cenário econômico bastante favorável, mas com temperaturas bem mais amenas que as registradas no primeiro trimestre do ano passado, o consumo de energia elétrica na área de concessão da Celesc não sofreu alterações. A ausência de crescimento do mercado, associada à contínua redução dos custos operacionais gerenciáveis, são os principais fatores do resultado econômico-financeiro alcançado pelo Grupo Celesc no primeiro trimestre deste ano – Lucro Líquido de R$ 71 milhões.
O comportamento do mercado reflete a retomada econômica no Estado, com índices crescentes da atividade industrial pelo quinto trimestre consecutivo. No primeiro trimestre de 2017, o consumo total na área de concessão da Celesc Distribuição foi de 6.317,9 GWh e em 2018 foi de 6.317,8 GWh. No desempenho por classe de consumidores, as classes industrial e rural apresentaram, respectivamente, crescimento de 5,5% e 2,7%. Por outro lado, a residencial registrou retração de 6,1% e a comercial de 2,8%, reflexo das temperaturas mais amenas no período.
Com o crescimento do consumo na classe industrial e o reajuste tarifário de agosto (7,85%, na média), a Celesc registrou crescimento de 15,3 % da sua Receita Operacional Líquida, passando de R$ 1.539,2 milhões no primeiro trimestre de 2017 para R$ 1.774,8 milhões neste primeiro trimestre de 2018.
Ao mesmo tempo, a Companhia manteve a trajetória de redução nos custos operacionais que vem sendo verificada nos últimos anos. O volume dos custos refere-se às despesas gerenciáveis com pessoal, material, serviços e outros e, neste trimestre (R$211,1milhões) foi 5% menor que o registrado em igual período do ano passado (R$ 215,4 milhões), considerada a inflação do período (2,7%). “Nossos esforços neste sentido têm sido contínuos”, comenta o presidente Cleverson Siewert.
O bom resultado na redução dos custos tem como alicerce o Programa de Eficiência Operacional da Companhia e a busca do ajuste das despesas realizadas com o que é conferido pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, via tarifa. “A tarifa paga pelo consumidor é calculada para suprir um determinado volume de custos. Se a Empresa ultrapassa os limites regulatórios, precisa arcar com perdas financeiras o que, obviamente, não é bom. A Celesc vem, nos últimos anos, conquistando melhorias na quase totalidade dos indicadores estabelecidos, o que se reflete em melhores resultados para os clientes, a sociedade e os acionistas”, destaca Siewert.
O desempenho positivo da Companhia no trimestre também se reflete no resultado do EBITDA, que somou R$ 191,9 milhões, e do Lucro Líquido, que chegou a R$ 71 milhões. A redução em relação ao primeiro trimestre de 2017 (R$ 214,5 milhões de EBITDA e R$ 101,7 milhões no Lucro) se deve ao fato do consumo neste primeiro trimestre do ano (e a receita proveniente) não ter crescido como nos três primeiros meses de 2017. Naquele período, o mercado apresentou crescimento de 8,3% em relação ao primeiro trimestre de 2016.
No quadro abaixo, os principais destaques econômico-financeiros e de mercado deste primeiro trimestre do ano. Sobre a Margem Líquida, que aparece menor que a registrada de janeiro a março de 2017, a redução se deve, principalmente, ao não crescimento do mercado e seus impactos financeiros.