O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis) informou, neste sábado de manhã, que o prejuízo total dos postos da Grande Florianópolis já está ultrapassando R$ 1 milhão por dia, após deixarem de receber e comercializar combustíveis. A paralisação dos caminhoneiros entrou no 6º dia hoje e não tem prazo para terminar, segundo os manifestantes.
O Sindópolis tem cerca de 280 associados nos municípios de Biguaçu, Florianópolis, Garopaba, Imaruí, Imbituba, Laguna, Palhoça, Paulo Lopes, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São José e Tubarão. A maioria dos postos ligados ao sindicato recebe combustível do terminal da Transpetro em Biguaçu, que está com sua via de acesso bloqueada desde segunda-feira (21).
Na tarde de ontem, o presidente Michel Temer (MDB) assinou um decreto autorizando o uso das Forças Armadas para desbloquear estradas. Conforme o governo federal, caso algum caminhoneiro não queria retirar o caminhão da rodovia, os militares que estivem atuando na operação poderão assumir a cabine e dirigir os veículos. Além disso, os motoristas que resistirem à desocupação poderão ser presos e multados.
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No entanto, os caminhoneiros não se desmobilizaram e continuam seu manifesto, principalmente por não estarem bloqueando rodovias. “Estamos aguardando a presença dos policiais. Em alguns pontos eles já estiveram e constataram que não há bloqueio de rodovia”, disse ontem o sindicalista Nélio Botelho, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio de Janeiro.