O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão do cargo nestas sexta-feira (1). O comunicado foi feito em fato relevante divulgado ao mercado. Parente se reuniu com o presidente Michel Temer (MDB), no Palácio do Planalto.
O comunicado da Petrobras informa que “a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração”.
Na berlinda desde o início da greve dos caminhoneiros, a Petrobras chegou a sair em defesa de sua política de preços, que tem ajustes diários, conforme a cotação do barril de petróleo no mercado internacional. Em uma série de vídeos, o agora ex-presidente Pedro Parente e executivos de médio escalão de várias áreas da companhia falavam sobre estratégia de refino, formação de preço, endividamento e justificam os reajustes diários. Na prática, também rebateram alegações da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pediam “reflexão aos funcionários” sobre os movimentos recentes de caminhoneiros e petroleiros.
Cargo
Parente assumiu o comando da estatal em maio de 2016, no lugar de Ademir Bendine. Ele iniciou a carreira no setor público no Banco do Brasil, em 1971. Dois anos depois, foi transferido para o Banco Central (BC). Parente foi ainda consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de instituições públicas brasileiras, bem como da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988. Ele foi ministro durante todo o segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). Ocupou a Casa Civil até 2001 e, depois, o Planejamento.
Com informações do Estadão