O desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) Ernani Getten de Almeida negou pedidos de liberdade a dois presos na segunda fase da Operação Oxigênio que estão detidos na Penitenciária de Florianópolis, em decisão publicada na noite de quarta-feira (10). As defesas do médico e empresário Fábio Deambrósio Guasti e do advogado Cesar Augustus Martinez Thomaz Braga haviam requerido liberdade provisória ou concessão de prisão domiciliar a seus clientes, mas não foram atendidas.
Fábio Guasti é investigado pela força-tarefa que apura a compra de 200 respiradores pelo Governo do Estado com pagamento antecipado de R$ 33 milhões por atuar em nome da Veigamed, intercedendo junto à Secretaria de Saúde para que o dinheiro fosse transferido rapidamente. Ele recebeu R$ 2 milhões para representar a empresa. Já o advogado César é apontado pelo Ministério Público como um articulador da Veigamed.
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Outros dois presos na operação também estão no complexo prisional da Agronômica, na capital. O ex-chefe da Casa Civil Douglas Borba (PSL) entrou com pedido de liberdade alegando ser hipertenso e que isso o colocaria no grupo de risco para coronavírus. Afirma também que no local onde está detido não há cela especial com condições mínimas de abrigar presos provisórios que possuem formação superior. Os advogados dele solicitaram a soltura na Vara Criminal da Grande Florianópolis, mas o juiz Elleston Lissandro Canali ainda não decidiu.
O outro investigado que está no presídio da capital é o advogado Leandro Adriano de Barros que, segundo consta do processo, teria articulado em nome da Veigamed junto ao setor de compras da Secretaria de Saúde, no intuito de tranquilizar os servidores garantindo que os respiradores seriam entregues, porque ele conhecia Fábio Deambrósio Guasti. O MPSC acusa Leandro de ter recebido R$ 30 mil de “comissão” para fazer esse trabalho. Mas Leandro nega recebimento de qualquer dinheiro para falar em nome da Veigamed.
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