Os advogados de parentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreram à Justiça contra as buscas e apreensões feitas pela Polícia Federal na semana passada, durante a 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo os defensores, a PF apreendeu bens pessoais das noras de Lula, como laptops, celulares e tablets, que não eram alvo dos mandados de buscas expedidos pelo juiz federal Sérgio Moro.
Além das buscas na casa dos parentes, a defesa questiona a ação da PF no Instituto Lula e na sede das empresas Touchdown Promoção de Eventos Esportivos e LFT Marketing Esportivo, de propriedade de um filho de Lula.
De acordo com a petição, as empresas não estavam abrangidas pelos mandados. No caso do Instituto Lula, os advogados alegam que os agentes mudaram a senha do administrador dos computadores e os funcionários não conseguem trabalhar, por não terem acesso à nova senha.
De acordo com os advogados, a PF levou bens pessoais de Marlene de Araújo Lula da Silva , esposa de Sandro Luis Lula da Silva, de Renata de Abreu Moreira, casada com Fabio Luis Lula da Silva, e de Fatima Cassaro da Silva, mulher de Luis Claudio Lula da Silva.
Segundo os advogados, de acordo com a decisão do juiz, os agentes não poderiam ter levado os aparelhos e documentos, que se referem às atividades profissionais de uma das noras de Lula, que é advogada.
Na petição, os advogados pediram ao juiz que determine a devolução dos bens. “A apreensão dos bens e documentos da peticionária afigura vício no cumprimento desta medida cautelar, o que contamina a diligência realizada.”
A Operação Aletheia foi deflagrada na sexta-feira (4). Além da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal, o juiz federal Sérgio Moro autorizou a busca e apreensão nas casas e empresas dos três filhos do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva, Sandro Luis Lula da Silva e Marcos Claudio Lula da Silva, da assessora particular, Clara Ant, do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e do ex-tesoureiro da campanha eleitoral do ex-presidente, José de Filippi Júnior.
AB