Também neste artigo em primeira linha estão as mulheres. A tarefa não é salvar a vida, mas a nós mesmas. Se o fazemos somos felizes.
Lê-se na obra Feminilidade como sexo, poder e graça que as mulheres sofrem não pelo mal que fazem a outros, mas por contrariar seu projeto de natureza.
Adiar escolhas é prolongar dores, saiba deixar ir, tudo e todos: isso é essencial para quem quer voar. Pessoas livres encaram novas escolhas com inteligência e amor, por isto, com alegria.
Não raras vezes, por medo de perder o conquistado esquecemos de manter os braços abertos e as mãos livres para receber o que ou quem irá chegar. O fim de um ciclo é o início de outro, assim como quando uma história acaba, inicia invariavelmente outra, alimentando e sustentando a nossa coragem diante do desconhecido.
Certamente o Terceiro Milênio trará o grande avanço do feminino, da mulher como custódia de vida, que escolhe a estrada da intencionalidade da perfeição da natureza. A natureza possui uma ordem elementar: se coincidimos abre-se a evidência, se a perdemos, então a luz se apaga.
Escolha significa saber o quanto queremos. A verdadeira grande feminilidade é aquela de sair do cárcere psicológico e vencer, é a mulher protagonista responsável pela própria vida, aquela que sabe, com simplicidade, dar forma a própria perfeição assim como o escultor francês Auguste Rodin que ao ser perguntado como conseguia fazer obras tão perfeitas, respondeu: “Eu escolho um bloco de mármore e tiro dele tudo o que não preciso”.
Se decidir exercitar a própria grandeza, seja implacável, escolha sempre o belo, a evolução, o aumento, a eficiência, novas estradas, evidencie progresso. Desintoxique-se de todas as teias, também daquelas mais ferozes.
Nossa inteligência aceita somente a escolha ideal. Dada uma situação, um contexto, a escolha ideal é sempre uma só e a cada momento dentro de nós jogamos o todo e a mediocridade. A vida usa tantas estradas, tantos dons, para ser sempre a si mesma. Existem momentos em que a vida nos impõe condições, quer mudanças e precisamos escolher porque não se pode servir a dois senhores.
Aos homens um conselho: uma mulher não se ama possuindo-a. É preciso deixa-la percorrer a sua estrada. Depois se por acaso aquela estrada passa dentro da sua alma, pode acontecer o encontro.
*Alice Schuch, palestrante e pesquisadora do universo feminino