Arquitetos e urbanistas da Grande Florianópolis debateram sobre o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da região (Plamus), em evento realizado na Capital, nesta quinta-feira, 2. O encontro foi organizado pela Superintendência da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Suderf), vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, e pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina.
“Há uma necessidade urgente de repensar a ocupação das cidades da Região Metropolitana da Grande Florianópolis antes que ela se torne inviável. Também precisamos rever as rodovias dentro dos municípios para transformá-las em vias urbanas com calçadas e ciclovias”, comentou o superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Cassio Taniguchi. Dados do Plamus indicam que 80% do tráfego da BR-101, entre Palhoça e Biguaçu, é local, ou seja, tem características mais de via urbana do que de estrada.
O Plamus projetou o desenvolvimento da região metropolitana até 2040 a partir de três eixos: uso do solo, sistema viário e transporte público. Quanto ao uso do solo, elaborou diretrizes aos municípios: adensar pólos e eixos próximo ao transporte, diversificar o uso do solo, promover incentivos públicos para a abertura de serviços e emprego próximo a áreas residenciais e planejar e incentivar a ocupação do continente com oferta de empregos.
“Planejamento territorial urbano tem um histórico de falta de interesse público. Essa é uma das grandes funções que o Conselho de Arquitetura e Urbanismo tem na sua contribuição para a sociedade. A criação da Região Metropolitana teve importante papel para alinhamento de ações e integração de planos diretores para qualificação do planejamento e desenho das cidades, das infraestruturas urbanas, dos espaços públicos, da mobilidade. Esse é o início que pode transformar a realidade das cidades do entorno da Capital de Santa Catarina”, concluiu o presidente do CAU/SC, Giovani Bonetti.
Na abertura do encontro, o secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores, anunciou que o Conselho ocupará uma das vagas do Comitê de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Coderf), cuja indicação cabe ao Governador do Estado.
O evento teve apoio da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, regional Santa Catarina (AsBEA-SC), Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Santa Catarina (IAB-SC) e do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas de Santa Catarina (SASC).
Assessoria