A afirmação é da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), após a apreensão de documentos nesta terça-feira (2), na Câmara de Governador Celso Ramos e nas casas de três ex-presidentes daquele Poder Legislativo. No total, foram gastos R$ 435 mil para realização dos cursos, recebendo em média cada vereador/servidor R$ 780 por dia de diária, assim, perfazendo, uma espécie de “salário extra”.
Ainda conforme a polícia, as investigações apontam ainda que Governador Celso Ramos pagava uma das diárias mais altas do Estado e teria sido a cidade onde os servidores públicos mais realizaram os famigerados cursos fraudulentos, entre 2007 e 2014.
Investigação de fraude deu origem à operação “Salário Extra”, realizada hoje. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, frutos de um inquérito policial instaurado para apurar fraudes no pagamento de diárias pela Câmara de Governador Celso Ramos para realização de cursos supostamente ligados à administração pública.
Segundo o delegado da Decor, Marcus Fraile, responsável pela investigação, as ações são decorrentes da operação Iceberg deflagrada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que apurou fraudes no pagamento de diárias na cidade de Tijucas.
“Os cursos oferecidos não exigiam a efetiva presença, entretanto, ao final eram entregues os certificados de participação, a fim de encobrir as ilegalidades e justificar o recebimento das diárias pelos vereadores e servidores da Câmara de Vereadores de Gov. Celso Ramos”, afirma o delegado.
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Pelo menos 17 pessoas são alvos das investigações da DECOR/DEIC, entre vereadores que passaram pela casa legislativa e servidores públicos que fizeram os cursos entre os anos de 2007 a 2014. Agora, a DEIC fará a análise dos documentos apreendidos.