O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, na tarde desta quarta-feira (2), por 9 votos a favor e um contra, o parecer preliminar do relator deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL) sobre a representação da Rede contra o deputado João Rodrigues (PSD-SC), que está preso.
Lessa deu parecer pela admissibilidade à representação contra Rodrigues por quebra de decoro parlamentar. O deputado catarinense foi condenado em segunda instância pela Justiça Federal a cinco anos e três meses de reclusão por dispensa irregular de licitação, quando ocupou o cargo de prefeito de Pinhalzinho (Oeste de SC). O deputado foi detido em São Paulo no último dia 2 de fevereiro. Rodrigues pode perder o mandato ao final do processo na Câmara.
Em seu parecer, Lessa disse que a conduta de Rodrigues “configura, em tese, afronta ao decoro parlamentar, por se tratar da prática de crime, devidamente reconhecido pelo Poder Judiciário”.
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O Conselho de Ética tem 21 membros e respectivos suplentes e é o órgão responsável por instaurar processos disciplinares contra parlamentares que são denunciados por atos incompatíveis com o decoro parlamentar. O colegiado pode recomendar ou não punições, como censura oral, suspensão por seis meses ou até a perda definitiva de mandato. No caso de punições mais severas, o parecer do conselho também deve ser apreciado em plenário, em votação secreta.