O Fórum Parlamentar Catarinense realizou, nesta segunda-feira (25), na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), a primeira reunião macrorregional. Diversas entidades participaram do encontro para pedir o apoio de deputados federais e senadores às reivindicações da Grande Florianópolis.
Infraestrutura, educação e manutenção dos hospitais filantrópicos foram algumas pautas abordadas na reunião, que contou com a participação de cinco deputados federais e dois senadores. A informação é da Agência AL.
Anfitrião do evento, o presidente da Fiesc, Glauco Côrte, reiterou a importância de debater com o Fórum Parlamentar o problema grave de mobilidade urbana da região metropolitana. “A questão das pontes, o elevado de Palhoça, o túnel do Morro dos Cavalos, são todas obras que têm influência direta na mobilidade das cidades que compõem a Grande Florianópolis.”
Durante a reunião, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Santa Catarina (Dnit), Vicilar Pretto, apresentou o cronograma e a previsão de obras para a região metropolitana. Uma questão polêmica é o anel viário da BR-101. Na opinião do coordenador do fórum, deputado federal Mauro Mariani (PMDB), o contorno não vai resolver o problema do trânsito da Grande Florianópolis porque vai desviar cerca de 18% do movimento. “As filas e os engarrafamentos vão continuar, por isso precisamos readequar as marginais da BR-101 para dar fluidez ao trânsito regional. O fórum entrou firme nesse tema e estamos cobrando da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] que determine à empresa concessionária a realização de obras de readequação das marginais que interligam os municípios da região”, disse.
Hospitais Filantrópicos
A Federação das Santas Casas, Entidades e Hospitais Filantrópicos de Santa Catarina (Fehosc) apresentou aos deputados federais e senadores o problema financeiro vivenciado pelas 182 unidades hospitalares sem fins lucrativos que atendem a população catarinense no interior do estado. “Além do déficit financeiro que já acumulamos, nos preocupa o corte orçamentário de R$ 11 bilhões da saúde, anunciado pelo governo federal na semana passada”, destacou.
Os hospitais filantrópicos são responsáveis por 70% dos atendimentos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as entidades alegam que os repasses não cobrem um terço dos custos, por isso reivindicam reajuste da tabela para fins de equilíbrio econômico-financeiro. Também pautam uma linha de financiamento a juro zero e isenção nas taxas estaduais (tais como vigilância sanitária, bombeiros, Fatma, etc.). O deputado Mariani respondeu que a bancada federal está sintonizada com as demandas dos hospitais filantrópicos, prova disso são os recursos via emendas parlamentares liberados para diversas instituições hospitalares no ano passado.
UFSC
A reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Roselane Neckel, aproveitou o espaço cedido pelo fórum parlamentar para apresentar o plano de investimentos e as demandas orçamentárias da universidade. Pediu apoio dos parlamentares para aprovação de projeto de lei que possibilitará a contratação de professores e técnicos administrativos (PL 1644/2013) para garantir o funcionamento de novos cursos de medicina nos campi de Curitibanos e Araranguá. Os cursos deveriam começar a funcionar no primeiro semestre de 2016, mas sem a contratação de servidores e professores, ainda não há previsão. “Os dois novos cursos de medicina terão um impacto significativo para mudar a realidade da saúde pública nessas regiões”, afirmou a reitora. Ela também informou ao deputado Edinho Bez (PMDB) que a instituição tem sido atingida por contingenciamento de recursos, o que impede a execução dos investimentos de acordo com o cronograma previsto.