O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, acatou, parcialmente, pedido dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de parentes dele para devolução de objetos pessoais e documentos apreendidos durante a 24ª fase da Lava Jato.
O advogado Roberto Teixeira questionou a ação da Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados na última sexta-feira no Instituto Lula, em empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula, e na casa de parente do ex-presidente. Os policiais levaram notebooks, celulares e tablets das noras de Lula e isso não estava previsto no mandado que originou a operação.
Em petição protocolada na noite de terça-feira (8), o advogado afirmou, por exemplo, que os agentes da PF tiveram acesso a senhas do administrador de e-mails do Instituto Lula e depois a modificaram, impossibilitando as atividades da entidade.
Em despacho publicado no início da noite de ontem (9), Moro afirma que autorizou a autoridade policial a devolver “eventual material apreendido” que não interesse à investigação. No documento, o juiz determinou ainda a retirada do sigilo de alguns eventos relacionados à 24ª fase, denominada Aletheia.
O advogado Roberto Teixeira também havia solicitado que as ações da 24ª fase que ainda estavam sob sigilo fossem tornadas públicas “em nome do princípio da ampla defesa”.