À zero hora deste domingo (18), começa o Horário de Verão e os brasileiros que vivem nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste devem adiantar o relógio em uma hora. Em Santa Catarina, a redução esperada da demanda para o período é de 175 MW no horário de ponta noturna, entre as 18h e 21h, o equivalente a 5% do registrado na média do ano. O valor representa 70% da demanda máxima de Florianópolis, segundo a assessoria das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
Redução prevista da demanda em Santa Catarina:
Dados comparativos – Redução de 180MW na demanda* | |||
Municípios | MW | Comparação | Número de UCs |
Florianópolis | 250,2 | 69,9% | 231.497 |
São José | 97,9 | 178,8% | 100.220 |
Palhoça | 58,7 | 298,0% | 74.461 |
Blumenau | 205,1 | 85,3% | 139.168 |
Joinville | 468,2 | 37,4% | 207.664 |
Lages | 62,2 | 281,3% | 64.456 |
Videira | 43,7 | 400,8% | 20.859 |
Concórdia | 53,2 | 328,7% | 31.825 |
Jaraguá do Sul | 122,8 | 142,5% | 64.560 |
Joaçaba | 20,5 | 853,2% | 13.302 |
Criciúma | 97,3 | 179,8% | 69.742 |
São Miguel d’Oeste | 19,9 | 881,4% | 17.713 |
Tubarão | 59,4 | 294,6% | 33.419 |
Rio do Sul | 34,2 | 511,0% | 27.050 |
Mafra | 19,2 | 910,5% | 22.671 |
São Bento do Sul | 45,4 | 385,3% | 31.835 |
Itajaí | 120,5 | 145,2% | 81.117 |
Chapecó | 115,7 | 151,3% | 81.658 |
*Comparação com a demanda de potência de cada município ao longo do período do Horário de Verão. |
O Horário de Verão termina em 21 de fevereiro de 2016, totalizando 126 dias. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), durante esse período, a medida proporcionará economia mensal de 55 MW médios no subsistema Sul, o que equivale a 1,1% da energia consumida na região. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a economia é 190 MW médios, 0,4% da energia consumida.
O ONS aponta que a economia total para o setor elétrico é de 236,5 milhões, sendo R$ 63 milhões em redução de geração de energia térmica no período de janeiro a fevereiro de 2016, e R$ 173,5 milhões de custo evitado no horário de ponta, beneficiando todo o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O Operador assinala que esses ganhos são relevantes, pois os armazenamentos adicionais contribuem para a garantia do atendimento energético ao longo de 2016 e para eventual redução do despacho futuro de geração térmica, que tem reflexos nas tarifas para o consumidor final.
Benefícios
O principal benefício da adoção do Horário de Verão é a redução da demanda no horário de ponta do sistema elétrico, quando se exige mais energia disponível para atender o consumo de energia naquele momento.
Com o aproveitamento maior da luz natural, a demanda diminui e as empresas que operam o sistema conseguem prestar um serviço melhor ao consumidor, porque as linhas de transmissão ficam menos sobrecarregadas. Para as hidrelétricas, a água conservada nos reservatórios pode ser importante no caso de uma estiagem futura. Para os consumidores em geral, o combustível ou o carvão mineral que não precisou ser usado nas termelétricas evita ajustes tarifários, além de ganhos com lazer, turismo e segurança.
O benefício pode ser avaliado também com a adequação de investimentos para atender o acréscimo na demanda apenas no horário de ponta bem como a garantia da confiabilidade em determinadas áreas do Sistema Interligado Nacional.
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Na última edição, que começou no dia 19 de outubro de 2014 e terminou em 22 de fevereiro deste ano, o Operador Nacional do Sistema (ONS) estimou economia total de R$ 278 milhões em energia elétrica.
Em Santa Catarina, os dados indicaram redução em torno de 5% na carga do sistema elétrico da Celesc Distribuição (180MW) em toda área de concessão. Essa redução foi equivalente a 73% da carga do município de Florianópolis ou 38% da carga de Joinville durante o período.