Quando se fala em saúde pública, dois fatores estão diretamente ligados, ou seja, o fator financeiro e o resultado dos serviços prestados a população, afinal, a saúde principalmente para os municípios representa gastos significantes, que em contrapartida, parecem ser não surtir os resultados esperados, pois as demandas da população aumentam progressivamente.
Vejo que uma das medidas a serem tomadas em favor da melhoria da utilização dos recursos, visando a refletir em resultado, gira torno de saúde preventiva, levando para todas as localidades das cidades, projetos que criem e chamem a atenção da população para com o cuidado com a sua saúde.
Uma sugestão de ação é levar nos finais de semana, previamente marcados, uma estrutura itinerante de saúde pública aos bairros, que possam facilitar a população (pois a grande maioria trabalha dia de semana) esse acesso a ações e informações preventivas para sua saúde.
O melhor uso dos recursos da saúde pública em prevenção com certeza alcança resultados mais abrangentes, além de apresentar-se como alternativa menos onerosa em relação aos gastos em saúde curativa.
Trata-se de situações, por exemplo, em relação a doenças muitas vezes “silenciosas”, evitáveis e controláveis, tais como hipertensão, diabete, colesterol alto, DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), etc. que provocam milhares de mortes todos os anos e geram altos custos para o Sistema de Saúde dos Municípios.
Como reflexo das políticas de prevenção, estas demonstram sua contribuição para uma tendência de elevação na proporção do aumento da idade da população, caracterizando o investimento em saúde como um fator de extrema importância ao crescimento econômico, já que causa a melhora no nível de vida das pessoas em relação aos cuidados relativos com a saúde.
Investimentos em prevenção garantem melhoria no bem-estar do povo, ao mesmo tempo em que diminuem os gastos com tratamentos futuros decorrentes da falta de atenção à saúde, ou seja, além melhorar a qualidade de vida, dá melhor uso do recurso disponível, assim contribuindo para que os mesmos recursos proporcionem um maior volume de benefícios.
Tratando preventivamente a saúde do povo, os municípios além de gastarem menos com medicina curativa, também fazem com que a população gaste menos nesta área, com remédios, por exemplo, onde as famílias podem mudar esse gasto com a saúde para outra demanda de consumo, proporcionando também, por esta via indireta, melhoria na qualidade de vida.
Portanto, em minha opinião a política pública preventiva, principalmente na área da saúde, evita o surgimento de doenças e é um dos meios dos municípios gastarem menos levando consequentemente uma melhor qualidade da saúde ao povo.
*John Kennedy Lara da Costa é contador e empresário em Biguaçu